Cinema


No dia em que Chico Xavier faria 100 anos, 02 de abril, estréia o filme homônimo baseado na biografia “As Vidas de Chico Xavier”, do jornalista Marcel Souto Maior. A produção vai contar a história de dificuldades de um homem complexo, mas ao mesmo tempo muito simples, que dedicou praticamente toda sua vida a fazer o bem e a confortar as pessoas.

Não vou entrar em detalhes técnicos do filme aqui. Até porque esse não é meu propósito, pois não sou um especialista e ainda não assisti a Chico Xavier. Mas já percebi que o filme não é uma unanimidade completa entre os críticos que já o viram. Alguns criticam a trilha sonora, possíveis momentos piegas da produção, interpretação de uma certa atriz ou o final pouco catártico.

Mas sinceramente isso não me importa muito. Mais do que um filme perfeito ou uma homenagem, Chico Xavier promete ser uma lição de vida. É impossível uma história tão bonita fracassar nas telonas.

De qualquer maneira, a expectativa é de que o filme seja mais um sucesso de bilheteria do diretor Daniel Filho. Chico é uma figura emblemática da história recente do Brasil, o público espírita é fiel e o elenco, com Tony Ramos, Christiane Torloni, Nélson Xavier, Ângelo Antônio e muitos outros é fantástico.

E como deixaram claro todos os envolvidos na produção durante a entrevista coletiva no lançamento do filme, este não é um filme religioso, não tem a intenção de converter ninguém.

Eu vou ver o filme. Estou ansioso para saber mais da vida do médium e para ver como ela foi contada na telona. Chico Xavier estréia nesta sexta, 02 de abril, em 377 das melhores salas de cinema do país.

1 A noite desta quinta-feira marcou a estréia solo de Noel Galagher após a saída do Oasis. O show foi realizado no Royal Albert Hall, em Londres. Desta vez ele não tocou inéditas, mas estou curioso e ansioso para ver o que ele vai aprontar na carreira solo.

2 A organização do 63º Festival de Cannes anunciou que a abertura do evento, em 12 de maio, ficará a cargo da aventura Robin Hood. Gosto da história e confesso que quero muito ver essa nova versão, protagonizada por Russel Crowe e Cate Blanchett e dirigida por Ridley Scott. Promete ser no mínimo interessante.

3 O show do Guns N’Roses cancelado, no último dia 14, no Rio de Janeiro, por causa das fortes chuvas foi remarcado para 4 de abril. O local será o mesmo: a Praça da Apoteose.

4 Foram confirmados nesta sexta quatro shows do cantor norte-americano Chris Brown no Brasil. Ele vai passar por Belo Horizonte (19/05), São Paulo (20/05), Rio de Janeiro (21/05) e Porto Alegre (22/05). Preços ainda não foram divulgados, mas a pré-venda para clientes ‘especiais’ será de 7 a 14 de abril. A venda ‘geral’ será a partir de 15 de abril.

5 Renato Russo, líder da Legião Urbana, completaria neste sábado 50 anos. Ele nos deixou em 1994. O aniversário será comemorado com um CD, um livro e um filme. Amanhã darei mais detalhes sobre o cantor, de quem era fã, e também dessas novas produções.

Obs: Renato Russo morreu em 1996 e não em 1994 como informei acima.

Quando vejo a ficha de um filme e nela leio nomes como Morgan Freeman, Matt Damon ou Clint Eastwood significa que já tenho um ótimo motivo para assisti-lo. Agora, quando os três nomes estão juntos na mesma produção, ela se torna imperdível.

E eles não decepcionam nem um pouco em Invictus. Juntos fizeram um filmaço, com personagens extremamente fortes e uma história incrível. Baseado em fatos reais, Invictus mostra como o rugby, esporte praticado em sua maioria por brancos, foi utilizado por Nelson Mandela para unir um país recém saído do aparthaid, mas ainda bastante racista.

É um filme que prende sua atenção do início ao fim. São várias as cenas que te deixam sem ar; seja pela emoção que despertam, pela mensagem que passam ou por sua beleza e qualidade técnica. Além disso, a sabedoria e a forma com que os personagem conduzem os fatos são admiráveis.

Definitivamente Clint Eastwood soube contar mais uma história de forma brilhante. Claro que há alguns deslizes e exageros, mas isso é natural. Independentemente de trabalhos ainda melhores no passado, não significa que o diretor não merecesse uma indicação ao Oscar por Invictus. A academia deve essa a Eastwood.

As atuações de Matt Damon, como François Pienaar, capitão da equipe de rugby, e Morgan Freeman, como Mandela, não ficam por menos. As indicações a melhor ator (Freeman) e ator coadjuvante (Damon) foram merecidíssimas. Eles estão praticamente perfeitos e é impossível não criar uma empatia instantânea com os personagens.

Para finalizar. Aumentando para dez o número de indicados a melhor filme do ano, seria impossível deixar Invictus de fora da lista do Oscar. Assisti a todos os candidatos e esse é melhor do que, pelo menos, quatro deles.

Se ainda não assistiu a Invictus, eu recomendo. O trailer é só um aperitivo que deixo pra você.

Em todos os seus aspectos, a cerimônia de entrega do Oscar deste domingo só surpreendeu mesmo uma vez. O filme argentino O Segredo dos Seus Olhos venceu o favorito A Fita Branca, uma produção alemã.

Quanto aos demais prêmios, havia os que esperassem uma disputa mais equilibrada entre Avatar (3) e Guerra ao Terror (6). Mas não creio que a superioridade do segundo possa ser considerada uma surpresa. Havia dúvidas quanto aos vencedores, ambos poderiam levar as estatuetas.

Talvez a surpresa tenha sido a balança ter pendido para a produção menos industrial nas premiações mais importantes, melhor filme e diretor. Avatar teve que se contentar com prêmios técnicos do Oscar (diga-se de passagem, merecidos) e com o recorde de bilheteria que alcançou (grande objetivo da produção).

De resto, foi tudo como se esperava. Todos os favoritos foram premiados, a cerimônia do Oscar não mudou em praticamente nada (ao contrário do que seus produtores anunciaram), os discursos de agradecimento continuaram relativamente longos e os dois apresentadores foram bem, mas não haveria diferença se fosse apenas um.

Um ponto que merece destaque, mas que não é exatamente uma novidade: gostei muito da manutenção da forma de apresentar os indicados a melhor ator/atriz. Desde a última edição, encontraram uma forma simpática de demonstrar o reconhecimento ao talento de todos eles. Alguns podem achar um pouco piegas, mas confesso que gosto de ver os indicados sendo apresentados por seus colegas de uma forma mais pessoal e humana.

Para não ser injusto. Houve uma novidade: foi a primeira vez que uma mulher venceu o prêmio de melhor diretor. Kathryn Bigelow levou o prêmio por Guerra ao Terror.

A premiação do cinema independente consagrou “Preciosa”. O filme, que conta a trajetória de uma sobrevivente de incesto, faturou cinco premiações: melhor filme, diretor, atriz, atriz coadjuvante e roteiro original. A entrega do Spirit Awards foi nesta sexta-feira, a dois dias do Oscar.

Pelo menos em uma dessas categorias, a de atriz coadjuvante, é dada como certa a vitória de Mo’Nique também na premiação de domingo. Preciosa teve a direção de Lee Daniels e contou com um orçamento total de apenas US$10 milhões.

Quanto às outras categorias, Jeff Bridges, também favorito ao Oscar, faturou o prêmio de melhor ator, deixando Colin Firth para trás. Outros que merecem destaque são “500 Dias Com Ela”, vencedor como melhor roteiro, e “Um Homem Sério”, como melhor fotografia. São filmes diferentes, mas bem legais!

Agora é aguardar a noite de domingo e ver se os vencedores do cinema independente terão a mesma sorte o Oscar. Com exceção de Firth e Mo’nique, serão grandes surpresas.

A cerimônia de entrega do Oscar será neste domingo, 07 de março. Na TV aberta, apenas a Globo vai transmitir a premiação, ou melhor, parte dela, após o ‘BBB’. Vamos então às novidades:

1 o já comentado pelo blog: aumento para dez indicados a melhor filme.

2 Agora o filme vencedor terá de ter 50% dos votos dos cerca de 5800 votantes. Não será definido mais por votação da maioria simples.

3 Serão dois os anfitriões da cerimônia: Alec Baldwin e Steve Martin. Desde 1987 o Oscar não tinha dois apresentadores.

4 Os ganhadores das estatuetas poderão gravar seus nomes nela imediatamente. A gravação terá ainda a categoria, o nome do filme e ano de produção.

5 Discursos de agradecimentos serão dois. Um para o palco, de no máximo 45 segundos, e outro para o backstage, maior, que depois será postado na internet e pertencerá aos ganhadores, podendo eles distribuí-los como quiserem.

6 As canções indicadas a melhor música não serão exibidas em performances ao vivo. Serão mostradas por meio de videoclipes, com cenas dos filmes que representam.

Observações: não gostei da 1 e da 6. As outras são ótimas. E você?

Se você ainda não conhece, não sabe o que está perdendo! ‘Prison Break’ teve sua última temporada em 2009. Foram quatro anos de muito sucesso na TV norte-americana e ao redor do mundo. Um homem é condenado, injustamente, à morte, e seu irmão faz de tudo para tirá-lo da prisão e, depois, para mantê-lo em segurança. Isso é o que pode ser dito agora sobre essa série, uma das mais bem boladas e executadas dos últimos tempos.

A princípio estava indeciso… não queria ver mais uma daquelas séries que se passavam em presídios americanos, cheias de violência e clichês. Mas tantas pessoas próximas a mim elogiavam “Prison Break”, que decidi ver um episódio. Não parei mais. Comecei no início de 2008, e a última temporada, 2008/2009, já acompanhei, aqui no Brasil, simultaneamente ao lançamento dos episódios nos Estados Unidos.

Seu sucesso se deve a todo um conjunto. Trilha sonora, ótimos atores, personagens complexos e edição perfeita. Mas o ponto alto de “Prison Break” é, sem dúvidas, a trama. Super inteligente, é cercada de muito suspense, drama e ação… tudo na medida certa. E, melhor ainda, não passou da conta. Apesar da boa audiência, limitou-se a quatro temporada. Não chegou a cansar os telespectadores.

Claro, aproveitou-se um pouco do momento. Lançou um filme (“The Final Break”) ao final das temporadas. Ele explica um lapso temporal de quatro anos que existe ao término última temporada. E ele não veio em vão, também acrescenta à série.

Corra a sua locadora e procure por Prison Break. Garanto que serão momentos de muita diversão à frente da TV.

São dois os indicados ao Oscar 2010 de melhor filme que, de alguma forma, tratam do universo extraterrestre. Avatar e Distrito 9 são filmes completamente diferentes, mas que além da temática extraterrena, têm outra semelhança: tentam trazer inovações para linguagem cinematográfica. Creio que o primeiro consegue. O segundo, não.

Avatar é um dos mais fortes candidatos à estatueta. Como disse em post anterior, principalmente pelas questões tecnológicas envolvidas. Realmente é impressionante o que James Cameron conseguiu. O filme definitivamente inova nesse quesito. A beleza e a perfeição das imagens, das paisagens e dos personagens é incontestável. E isso, incontestavelmente, provoca uma comoção no público, que deixa as salas de cinema com uma impressão bem melhor do que o filme, em si, merece.

Esse tipo de história não é nova. Já cansamos de ver situações semelhantes em outros filmes. Líderes que aglutinam seu povo em prol de uma causa e contra o grande inimigo. Eles lutam até a morte até o embate final entre os dois líderes. Porém, como tudo se passa entre seres surreais de outro planeta, com uma boa alma, cercados por uma mega produção e efeitos especiais, a história repetida acaba ganhando novas cores.

Já Distrito 9, com seus personagens bizarros, principalmente o principal, é desenvolvido em uma linguagem que a princípio pode parecer estranha. Mas, se repararmos bem, é como se fosse um documentário. Especialistas, técnicos, jornalistas narrando o desenrolar dos fatos e explicando os acontecimentos. Na tentativa de inovar, acaba copiando.

Para piorar, no meio do filme abandonam essa linguagem e passam a priorizar cenas de ação que, para mim, vão além da medida. Pelo menos sua história é, de fato, nova. O que acaba por tornar o filme, de certa forma, interessante. Distrito 9 traz ainda uma leve crítica social. É verdade que um pouco perdida no meio de tanta balbúrdia. Mas, pelo menos, o filme lembra temas como o apartheid por se passar no Soweto, em Johannesburgo.

Avatar vale a ida ao cinema. Apesar da história, que não é ruim, apenas não é nova, a parte tecnológica é fantástica. Já Distrito 9, pode ser bom para alguns, interessante para outros, mas muitos vão odia-lo. Como disse em outro post, acho que é um pouco forçado colocá-lo numa lista de melhores do ano.

A tão desejada estatueta

Confesso que ainda não assisti a todos os indicados à melhor filme deste ano. Mesmo porque, 10 indicados é um pouco demais até para a mais conceituada indústria do cinema mundial. Mas o fato é que em uma rápida comparação com os indicados de 2009, 2010 deixa a desejar.

Não que os candidatos sejam ruins, muito pelo contrário. Gostei dos filmes. Apenas acredito que se a lista fosse menor, a qualidade seria maior. Não vejo sentido em bons filmes como Up-Altas Aventuras, Distrito 9 e Amor Sem Escalas estarem presentes em uma lista de melhores filmes do ano. Alguns outros são discutíveis, como Educação e Um Homem Sério. E, no final, chega-se a uma lista de cinco filmes: Avatar, Um Sonho Possível, Guerra ao Terror, Bastardos Inglórios e Preciosa. Exatamente como no ano passado, quando tivemos cinco indicados.

Um evento como o Oscar não precisa de quantidade, precisa de qualidade. Pra que melhores filmes que Frost/Nixon, O Curioso Caso de Benjamin Button, O Leitor, Milk e Quem Quer Ser Um Milionário? Praticamente todos eles poderiam ganhar a estatueta e não haveria motivos para críticas. Todos tinham muito mais méritos do que falhas.

Mas voltando ao Oscar 2010, diria que os mais fortes candidatos ao prêmio são Guerra ao Terror, que é realmente de arrepiar, e Avatar, por tudo que representa em termos de tecnologia e bilheteria. Afinal, estamos falando de uma indústria do cinema, business. O que, aliás, ficou ainda mais claro com a indicação dos 10 melhores filmes.

Mas quer saber? Estou mesmo torcendo por Um Sonho Possível. Um filme simples, com uma linda história e com uma grande atuação de Sandra Bullock.